Num lampejo de lembrança vem a tua silhueta
Palco onde criança brinquei.
As lembranças se inquilinaram em meu coração.
Contigo minha alma riu,
Meu corpo pequeno teve paz,
E se tornou grande.
Tua cara é a mesma, apesar do vestido de pedra
Teu sorriso sem graça não me dá esperança.
Só teus braços me aconchegam como braços de mainha.
Teus novos filhos vão te abandonar,
Pois ouvem o teu sussurro de despedida,
Vêem tua lágrima de adeus,
Antecipando assim a tua morte.
Que o progresso venha como pílula para rejuvenescer,
Como coroa para enfeitar as tuas novas vestes
E fazer jus ao meu crescimento e a minha permanência ao teu lado,
Mas que não tire o conforto do teu abraço.
Rutinei Araújo
Nova Itaípe, novembro de 2009.
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